Lucas Tavares
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ESTUDOS DA COMUNICAÇÃO

Resumo do livro: Doughnut Economics: Seven Ways to Think Like a 21st-Century Economist (Kate Raworth, 2017)

14/10/2025

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Em Doughnut Economics, Kate Raworth propõe substituir o PIB como bússola por uma “rosquinha” que define o espaço seguro e justo para a humanidade — entre um fundamento social (12 necessidades básicas) e um teto ecológico (limites planetários) — orientando políticas que assegurem bem-estar dentro da capacidade de suporte da Terra. Ao mesmo tempo, a autora critica pressupostos obsoletos da economia dominante e convoca a mudar objetivos e modelos: enxergar a economia como “incorporada” à sociedade e à natureza e organizada por quatro esferas de provisão (lar, mercado, comuns e Estado). A agenda resultante é projetar instituições “distributivas por desenho” e “regenerativas por desenho”, tornar-se agnóstico quanto ao crescimento — prosperar com ou sem aumento do PIB — e redesenhar regras, métricas e arranjos (incluindo um papel estatal ativo e a revitalização dos comuns) para transformar economias viciadas em crescimento em economias que nos façam prosperar sem ultrapassar limites planetários. 
​
  • Tese central e motivação
    • A economia dominante continua ancorada em pressupostos e modelos dos séculos XIX–XX, inadequados para os desafios do século XXI (desigualdade, instabilidade financeira, crise climática). Raworth propõe uma “nova bússola” para orientar políticas e práticas.
  • O “Doughnut” (Rosquinha) como objetivo normativo
    • Definição: um espaço “seguro e justo” entre um fundamento social (direitos e necessidades básicas) e um teto ecológico (limites planetários). A meta é trazer toda a humanidade para esse espaço, garantindo bem-estar dentro da capacidade de suporte da biosfera.
    • Fundamento social: 12 dimensões (alimentos, água, saneamento, energia, educação, saúde, moradia, renda e trabalho, informação e redes, apoio social, igualdade de gênero, equidade/voz política, paz/justiça) alinhadas aos ODS da ONU.
  • 1) Mudar o objetivo: do PIB ao Doughnut
    • Em vez de perseguir crescimento do PIB como proxy de progresso, adotar o Doughnut como bússola para políticas públicas e empresariais.
  • 2) Ver o “quadro ampliado”: da “Circular Flow” à “Economia Incorporada”
    • Substituir o diagrama de fluxo circular por uma economia incorporada (embedded economy): a atividade econômica está inserida na sociedade e dependente da natureza, e a provisão ocorre por quatro esferas: lar, mercado, comuns e Estado — que funcionam melhor em conjunto.
    • Implicação: reconhecer papéis, identidades e interdependências que o modelo tradicional obscurece (p. ex., cuidado doméstico, bens comuns, cidadania).
  • 3) Cultivar a natureza humana: do “homo economicus” a humanos sociais e adaptáveis
    • Rejeitar o agente isolado, autointeressado e estável; adotar uma visão que enfatiza sociabilidade, reciprocidade, plasticidade de valores e dependência do mundo vivo. (Síntese das “sete passagens”).
  • 4) Alfabetizar-se em sistemas: do equilíbrio mecânico à complexidade dinâmica
    • Trocar metáforas newtonianas por pensamento sistêmico (estoques/fluxos, feedbacks reforçadores e balanceadores, atrasos), apto a explicar ciclos financeiros, desigualdade auto-reforçada e pontos de inflexão climáticos.
  • 5) Projetar para distribuir: da “curva de Kuznets” à distribuição por design
    • Desigualdade não é destino “natural” do crescimento; é questão de arquitetura institucional (terra, empresas, tecnologia, conhecimento, moeda). Urge desenhar economias mais distributivas do valor gerado, enfrentando também a concentração de poder econômico-político.
  • 6) Criar para regenerar: do “crescimento limpará depois” ao design regenerativo
    • Trocar cadeias lineares “extrair-produzir-descartar” por ciclos (nutrientes técnicos/biológicos), colocando a economia como participante dos processos vivos — a base do paradigma circular.
  • 7) Ser agnóstico quanto ao crescimento: do vício ao manejo prudente
    • Nada na natureza cresce para sempre; precisamos de economias que nos façam prosperar com ou sem crescimento do PIB, superando dependências financeiras, políticas e sociais ao crescimento contínuo.
  • Diagnóstico político-institucional
    • A narrativa neoliberal supervalorizou mercado e privatização, minimizou sociedade/ambiente e ignorou assimetrias de poder, contribuindo para colapsos ecológicos, sociais e financeiros; a virada exige nova imagem e novos arranjos institucionais.
  • Da métrica ao painel
    • A autora critica guiar políticas “sem bússola” e propõe o Doughnut como painel de navegação para o século XXI, deslocando o PIB do centro.
  • Apêndice metodológico
    • O Apêndice detalha dados/indicadores para as 12 dimensões sociais do fundamento, reforçando o caráter operacional do modelo para diagnóstico e monitoramento.
  • Alcance e influência
    • O conceito já influenciou debates em arenas internacionais (como os ODS/ONU) e setores diversos, sugerindo utilidade como narrativa pública e ferramenta de política.
Se quiser, posso converter este resumo em um esquema de aula (com objetivos, leituras e perguntas de seminário) ou em um quadro comparativo entre “economia convencional” e “economia do Doughnut”.

Nota: Este é um resumo simples da obra do autor(a) e não reflete necessariamente a posição de Lucas Tavares. A intenção desta publicação é para que sirva de recurso consulta rápida para estudantes de graduação e pós-graduação.
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    Autor

    Lucas Mourão Tavares, doutorando do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UERJ

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    Outubro 2025

    Categorias

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    Economia

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